TCU Determina Ação Urgente da Eletronuclear Frente a Riscos Financeiros e Exposição Cambial em Angra 1 Política by Portal Meus Investimentos - 21 de outubro de 2025 O Tribunal de Contas da União cobrou um plano imediato da Eletronuclear para garantir recursos para Angra 1 e mitigar o risco cambial. Conteúdo Visão Geral: TCU Alerta Risco Financeiro Angra 1 Eletronuclear Urgência Plano Redução Exposição Cambial O Coração do Alerta: Insuficiência Financeira na Extensão de Vida Útil A Bomba Cambial da Eletronuclear e a Necessidade de um Plano para Reduzir Exposição Cambial A Cobrança do TCU: Prazo de 120 Dias O Contexto Crítico da Privatização e do Grupo J&F Angra 1 e a Segurança Energética Nacional O Futuro da Geração Nuclear sob o Crivo do Câmbio Visão Geral: TCU Alerta Risco Financeiro Angra 1 Eletronuclear Urgência Plano Redução Exposição Cambial O Setor Elétrico brasileiro, que equilibra o gigantismo da Geração Renovável com a estabilidade do lastro firme, recebeu um alerta crítico do Tribunal de Contas da União (TCU). Em uma auditoria focada no complexo de Angra 1, o Tribunal identificou um risco substancial de falta de recursos financeiros que ameaça a continuidade do Programa de Extensão de Vida Útil da usina. Mais do que isso, o TCU cobrou da Eletronuclear um plano de ação urgente para mitigar a perigosa exposição cambial que corrói as finanças da empresa. A gravidade do Despacho do TCU reside no fato de que o atraso ou a paralisação do programa de Life Extension (LEP) pode comprometer a operação de Angra 1 para além de 2024. Profissionais da área sabem que a Geração Nuclear é um ativo de segurança energética insubstituível, e sua saída forçada do Sistema Interligado Nacional (SIN) geraria um desequilíbrio significativo. O custo da inação, neste caso, pode ser altíssimo para o país. O Coração do Alerta: Insuficiência Financeira na Extensão de Vida Útil A Usina Nuclear Angra 1, com seus 640 MW de potência, é o reator mais antigo em operação no Brasil. Para que a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) renove sua licença de funcionamento até 2044, são necessários investimentos maciços em modernização e substituição de componentes críticos. O programa LEP exige uma injeção de capital na casa dos bilhões de reais. O TCU, em sua análise no âmbito do Fiscobras, constatou a insuficiência financeira de longo prazo para cobrir esses investimentos essenciais. A Eletronuclear, em sua gestão anterior, não teria garantido uma fonte de financiamento estável e de longo prazo compatível com o cronograma e a magnitude do projeto. A dependência de repasses incertos ou de captações de curto prazo cria uma vulnerabilidade sistêmica. O risco de falta de recursos para a extensão de vida útil não é apenas financeiro; é operacional. A Geração Nuclear exige padrões de segurança e manutenção rigorosos. Qualquer atraso nas obras de modernização pode levar a Angra 1 a ser obrigada a desligar, ou operar com restrições severas, afetando a firmeza e a confiabilidade do fornecimento de energia. A Bomba Cambial da Eletronuclear e a Necessidade de um Plano para Reduzir Exposição Cambial O segundo e talvez mais urgente problema apontado pelo TCU é a exposição cambial da Eletronuclear. A Geração Nuclear é intrinsecamente ligada à moeda estrangeira: o combustível nuclear (urânio enriquecido), as peças sobressalentes, a tecnologia e os serviços especializados de manutenção internacional são cotados em dólar ou euro. A auditoria revelou que a Eletronuclear não possui uma política de hedge (proteção cambial) eficiente para mitigar a volatilidade do Real. Com uma fatia considerável de seus custos operacionais e de investimento atrelada ao câmbio, qualquer desvalorização da moeda nacional impacta diretamente a Rentabilidade da empresa e eleva o custo dos projetos, incluindo o LEP de Angra 1. A falta de um plano para reduzir exposição cambial eficaz é vista pelo TCU como uma falha de gestão. Em um país com histórico de alta volatilidade cambial, manter a Eletronuclear exposta dessa forma é insustentável a longo prazo, comprometendo sua saúde financeira e a capacidade de honrar compromissos. Este cenário é particularmente crítico para uma empresa que detém o monopólio da Geração Nuclear no Brasil. A Cobrança do TCU: Prazo de 120 Dias O TCU não apenas alertou para os riscos, mas agiu com firmeza, estabelecendo um prazo de **120 dias** para que a Eletronuclear apresente um plano de ação concreto. Este plano deve detalhar: As fontes de financiamento de longo prazo para o Programa de Extensão de Vida Útil de Angra 1. As medidas a serem adotadas para blindar a empresa contra a exposição cambial, incluindo a implementação de uma política de hedge robusta e transparente. A exigência do Tribunal demonstra que o risco de falta de recursos e o problema cambial deixaram o patamar de preocupação e entraram no estágio de intervenção regulatória. O prazo de **120 dias** é apertado, dada a complexidade de securitizar um financiamento de bilhões e reestruturar a gestão de risco financeiro de uma empresa de energia. A Eletronuclear precisa demonstrar ao TCU e ao Setor Elétrico que possui capacidade de governança para gerenciar esses riscos duplos, sob pena de sofrer sanções ou de ter seu futuro ainda mais incerto no contexto da Transição Energética. O Contexto Crítico da Privatização e do Grupo J&F O alerta do TCU coincide com um momento de grande transformação societária para a Eletronuclear. Recentemente, a Eletrobras vendeu sua participação total na empresa para a Âmbar Energia, do Grupo J&F (controlado pelos irmãos Batista). Essa aquisição, que ainda está em processo de finalização e aprovação regulatória, coloca o novo controlador sob o microscópio. O novo player terá que herdar e solucionar os problemas financeiros e operacionais apontados pelo TCU, especialmente a necessidade urgente de capital para a extensão de vida útil de Angra 1 e a criação do plano para reduzir exposição cambial. Para o Grupo J&F, o sucesso da aquisição depende diretamente da capacidade de resolver a questão do risco financeiro e garantir que a Geração Nuclear seja uma fonte de receita e não de prejuízo. A venda da Eletronuclear não eliminou as obrigações regulatórias da usina. O novo controle acionário precisará demonstrar, em tempo recorde, que possui a solidez financeira e a expertise em gestão de riscos necessárias para operar um ativo estratégico de Geração Nuclear no Brasil. Angra 1 e a Segurança Energética Nacional O risco de falta de recursos em Angra 1 é uma ameaça direta à Segurança Energética do país. A usina fornece 640 MW de energia firme, 24 horas por dia, 7 dias por semana, independentemente de chuva, vento ou sol. Sua capacidade de despacho é vital para o balanço da matriz elétrica, especialmente em momentos de baixa hidrologia ou alta intermitência das fontes eólica e solar. A paralisação forçada de Angra 1 exigiria que o Operador Nacional do Sistema (ONS) acionasse usinas térmicas mais caras e poluentes, impactando a Sustentabilidade e elevando o custo da energia para todos os consumidores. Portanto, o cumprimento das determinações do TCU sobre o financiamento do LEP não é apenas uma questão corporativa da Eletronuclear; é uma prioridade nacional. A Geração Nuclear é uma peça-chave no quebra-cabeça da Transição Energética no Brasil, atuando como o baseload que estabiliza a entrada massiva de Geração Renovável. Manter a operação de Angra 1 segura e estendida até 2044 é um imperativo técnico e econômico. O Futuro da Geração Nuclear sob o Crivo do Câmbio A determinação do TCU sobre a exposição cambial serve como um lembrete severo de que a gestão financeira em um setor de alta tecnologia e insumos importados deve ser de altíssima qualidade. O plano para reduzir exposição cambial exigido deverá contemplar instrumentos de hedge sofisticados, adequados à estrutura de custos de longo prazo da Eletronuclear. O sucesso em resolver a falta de recursos e a fragilidade cambial definirá a Rentabilidade futura da Eletronuclear e a capacidade de o Brasil honrar seus investimentos em Geração Nuclear. A comunidade do Setor Elétrico e o mercado financeiro aguardam com atenção a resposta da empresa para as determinações do TCU. A urgência é clara, e o relógio dos **120 dias** já está correndo. Veja tudo de ” TCU Determina Ação Urgente da Eletronuclear Frente a Riscos Financeiros e Exposição Cambial em Angra 1 ” em: Portal Energia Limpa. Compartilhe isso: Clique para compartilhar no Facebook(abre em nova janela) Facebook Clique para compartilhar no X(abre em nova janela) 18+ Clique para compartilhar no WhatsApp(abre em nova janela) WhatsApp Clique para compartilhar no Telegram(abre em nova janela) Telegram Mais Clique para compartilhar no LinkedIn(abre em nova janela) LinkedIn Clique para compartilhar no Tumblr(abre em nova janela) Tumblr Clique para imprimir(abre em nova janela) Imprimir Relacionado