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Tarifas em xeque

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A mensagem por trás das tarifas: desafiar os padrões estabelecidos tem consequências

A revista The Economist considerou a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor tarifas de 50% sobre as exportações brasileiras como uma “chocante agressão”. Essa medida vai além da análise econômica imediata, representando uma das mais intensas interferências dos Estados Unidos na América Latina desde o fim da Guerra Fria.

Análise Econômica e Política

A publicação britânica destacou que o gesto de Trump veio logo após a cúpula dos Brics no Brasil, reforçando o interesse de países emergentes em promover alternativas à ordem econômica liberal centrada no Ocidente. A escolha dos produtos impactados, como carne, café, ferro e suco de laranja, parece estratégica, afetando setores com peso na base econômica e eleitoral do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Reações e Consequências

Internamente, o gesto de Trump produziu um efeito paradoxal, provocando reações institucionais coordenadas entre Executivo e Legislativo, inclusive com apoio de setores da oposição. No Congresso, cresce a discussão sobre um plano de resposta e compensação aos setores prejudicados. Além disso, a medida de Trump ultrapassa as fronteiras do comércio exterior, reacendendo o uso de tarifas e sanções como instrumentos de pressão política em um mundo marcado por tensões multipolares.

Disputa por Padrões Tecnológicos

O desconforto com o Pix, o sistema brasileiro de pagamento instantâneo, gratuito e universal, simboliza uma disputa por padrões tecnológicos e modelos de infraestrutura pública que desafiam a hegemonia financeira global. A Economist enxerga o gesto não apenas como retaliação pontual, mas como parte de uma estratégia para conter avanços de países que buscam ampliar sua autonomia tecnológica e regulatória.

Visão Geral

A leitura da Economist reforça um ponto essencial: o centro do debate não é apenas econômico, mas político e institucional. Tarifas podem ser revertidas, mas a disputa pelo controle das regras do jogo, e das tecnologias que sustentam esse jogo, está apenas começando. O Brasil parece ter sinalizado um movimento em direção a maior autonomia em áreas estratégicas, o que pode redesenhar percepções internacionais e influenciar a dinâmica global de poder.

Créditos: Isadora Lira

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