### Conteúdo

• O Coração Defensivo do Setor Elétrico: O Crescimento Pela RAP
• A Melhora Operacional e o Domínio do EBITDA Regulatório
• A Taesa e a Transição Energética: Suporte à Energia Limpa
• Crescimento Pelo M&A e o Desafio da Dívida
• O Foco em Dividendos e o Favorito do Acionista
• Olhando Além do 3T2025: Sustentabilidade e Futuro
• Visão Geral

O Coração Defensivo do Setor Elétrico: O Crescimento Pela RAP

O lucro de 5,2% no 3T2025 é um resultado direto da indexação contratual da Receita Anual Permitida (RAP). A Taesa tem a maior parte de seus contratos corrigida anualmente por índices inflacionários (IPCA e IGP-M). A leve pressão inflacionária observada no período garantiu o reajuste positivo de suas receitas.

A previsibilidade da RAP é a joia da coroa da transmissão de energia. Diferentemente das geradoras de energia, que lidam com risco hídrico ou intermitência de fontes renováveis, a Taesa é remunerada por disponibilizar sua infraestrutura. Ou seja, ela ganha mesmo que não passe um único Watt por suas linhas.

Esse modelo de crescimento regulado fornece a estabilidade financeira necessária para sustentar a política agressiva de dividendos. O mercado de capitais valoriza essa característica, posicionando a Taesa como um refúgio seguro em momentos de incerteza econômica.

A Melhora Operacional e o Domínio do EBITDA Regulatório

A verdadeira vitória do 3T2025 da Taesa reside na melhora operacional e na gestão rigorosa de custos. O EBITDA regulatório, que é o indicador de caixa mais limpo para o setor elétrico, cresceu acima da inflação, indicando ganhos reais de eficiência.

A chave foi o controle cirúrgico nas despesas de O&M (Operação e Manutenção). A implementação de tecnologias preditivas e a otimização das equipes de campo permitiram que a Taesa absorvesse os custos dos novos projetos sem inflar suas despesas totais. Isso se traduz diretamente em margens mais robustas.

A transmissão de energia exige um alto padrão de regularidade setorial. A redução no número de indisponibilidades programadas e não programadas reflete um aumento na qualidade da infraestrutura, garantindo que a Taesa não sofra penalidades da ANEEL em sua Receita Anual Permitida (RAP) futura.

A Taesa e a Transição Energética: Suporte à Energia Limpa

Para o segmento de energia limpa, o desempenho da Taesa é crucial. O Brasil vive uma explosão de Geração Distribuída e de grandes parques eólicos e solares, mas o gargalo sempre foi a transmissão de energia. As linhas da Taesa são as artérias que conectam o litoral Nordeste, rico em vento, e o interior, rico em sol, aos grandes centros de consumo.

A entrada em operação de novos projetos, os Greenfields da Taesa, é vital para escoar a nova energia limpa que está sendo instalada. A melhora operacional da companhia garante que essa infraestrutura de suporte à Transição Energética seja confiável e eficiente.

Um sistema de transmissão de energia falho ameaça a própria viabilidade econômica da energia limpa. A performance da Taesa no 3T2025 demonstra que ela está cumprindo seu papel de habilitadora da descarbonização da matriz energética brasileira.

Crescimento Pelo M&A e o Desafio da Dívida

Apesar do lucro consistente, o crescimento da Taesa por meio de leilões e aquisições (M&A) exige cautela na gestão do endividamento. A alavancagem da companhia é monitorada de perto pelo mercado, embora a previsibilidade da RAP torne essa dívida mais gerenciável.

A captação de recursos para financiar a expansão tem sido feita a taxas competitivas, refletindo a confiança dos credores no fluxo de caixa estável da Taesa. A disciplina financeira, aliada ao EBITDA regulatório crescente, mantém a relação Dívida Líquida/EBITDA em patamares saudáveis, conforme atestado nos resultados do 3T2025.

Os novos ativos, uma vez concluídos, adicionam receitas substanciais à Receita Anual Permitida (RAP), o que serve como uma injeção de capital para amortizar as dívidas e sustentar o ciclo virtuoso de crescimento.

O Foco em Dividendos e o Favorito do Acionista

A consistência de resultados da Taesa reforça sua imagem como uma “máquina de dividendos“. A melhora operacional e o lucro sólido do 3T2025 dão à gestão a tranquilidade para manter um payout elevado, característica que atrai o investidor que busca renda passiva.

A política de distribuição de proventos está diretamente ligada à previsibilidade da transmissão de energia. Como o risco operacional e financeiro é relativamente baixo, a Taesa pode repassar uma fatia maior do seu lucro aos acionistas, diferente das empresas de geração e distribuição que retêm mais caixa para lidar com riscos específicos.

A capacidade de gerar lucro crescente, mesmo em um ambiente econômico desafiador, cimenta a posição da Taesa como uma das ações mais resilientes e procuradas no setor elétrico brasileiro.

Olhando Além do 3T2025: Sustentabilidade e Futuro

Os resultados do 3T2025 mostram que a Taesa está bem posicionada para o futuro. O foco em regularidade setorial e na melhora operacional é a garantia de que a empresa continuará a ser um pilar da infraestrutura brasileira.

A transmissão de energia não é apenas um negócio, é um serviço essencial para a Transição Energética. O crescimento da Taesa, sustentado pelo EBITDA regulatório e pela eficiente gestão da Receita Anual Permitida (RAP), é o atestado de que a estabilidade é a chave para o sucesso de longo prazo no setor elétrico.

O desafio agora é replicar essa melhora operacional nos novos empreendimentos que estão saindo do papel, garantindo que o lucro continue sua marcha ascendente. A Taesa parece ter o know-how e a disciplina financeira para fazer exatamente isso, consolidando seu legado no setor elétrico e garantindo retornos consistentes aos seus investidores.

Visão Geral

A Taesa consolidou no 3T2025 um lucro 5,2% maior, evidenciando a robustez do modelo de Receita Anual Permitida (RAP). A performance foi marcada por uma notável melhora operacional, refletida no avanço do EBITDA regulatório, e reforça seu papel essencial na transmissão de energia e no suporte à Transição Energética brasileira, mantendo-se como um ativo de destaque no setor elétrico.

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