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Setor produtivo lamenta manutenção da taxa Selic em 15 por cento

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Por Misto Brasil – DF

Por Misto Brasil – DF

A manutenção da Taxa Selic em 15% é vista como um reflexo direto de uma política fiscal desequilibrada, marcada pela contínua expansão dos gastos públicos. Essa é a análise da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg). Para a entidade, enquanto o governo não controlar suas despesas, o Banco Central (BC) estará impedido de reduzir os juros. Essa situação cria um ambiente econômico restritivo, impactando negativamente a produção nacional com crédito caro, alta inadimplência e retração do investimento.

Ameaça ao Crescimento e Política Fiscal

Flávio Roscoe, presidente da Fiemg, classifica o cenário atual como uma ameaça séria ao crescimento econômico do país. Ele critica a “política fiscal equivocada” que alimenta um ciclo de expansão contínua de gastos. Roscoe defende que o governo deve seguir o princípio básico de gestão financeira: “se está apertado, você aperta o cinto. Não expande o gasto. Essa conta não fecha desse jeito”. A alta taxa Selic reforça um cenário onde o crédito é caro e a inadimplência cresce, dificultando o investimento produtivo.

Expectativas para o Corte de Juros

O Banco BV aponta que, se o Banco Central tivesse mais certeza sobre um corte de juros já no próximo mês, a comunicação oficial seria diferente. O banco mantém a visão de que janeiro é um mês improvável para a mudança, projetando o **cenário-base de corte de juros** para março. Carlos Lopes, economista do BV, explica que o BC busca acumular mais dados sobre inflação, “expectativas e evolução” da atividade econômica antes de iniciar um novo ciclo de redução. A expectativa do banco é que a Selic chegue a 12% até o final do ano seguinte.

O Papel da Política Monetária

Bruno Shahini, analista da Nomad, observa que o BC reconheceu progressos significativos no **processo desinflacionário**. O Banco Central “afirmou que a política monetária vem cumprindo seu papel, mas ainda requer um período ‘bastante prolongado’ em terreno contracionista para garantir a convergência”. Isso sinaliza que, apesar das melhorias, a cautela prevalece para consolidar a queda da inflação.

Impacto no Mercado Imobiliário

A Associação Brasileira das Incorporadoras Imobiliárias (Abraii) alerta que a manutenção dos juros altos tem um efeito negativo direto na atividade econômica e na criação de empregos. Além disso, a decisão afasta milhares de famílias da possibilidade de adquirir a casa própria. Dados da Abraii indicam que o encarecimento das taxas de juros nos últimos cinco anos **excluiu cerca de 800 mil famílias** do mercado de crédito imobiliário para imóveis de até R$ 500 mil, reduzindo o público elegível em 50%. Em contraste, a queda de apenas um ponto percentual na taxa de juros pode incluir, em média, 160 mil famílias no financiamento habitacional.

Visão Geral

A decisão de manter a Selic em 15% é majoritariamente atribuída à instabilidade da política fiscal. Enquanto o governo não controlar a expansão de gastos públicos, o Banco Central deve manter os juros elevados. Isso sustenta um ambiente de crédito caro e alta inadimplência, prejudicando o investimento e o consumo. As expectativas do mercado indicam que o corte de juros deve ser adiado, provavelmente para março. O setor produtivo, representado pela Fiemg, e o setor imobiliário, por meio da Abraii, criticam a medida por limitar o crescimento e o acesso ao crédito, como a **manutenção da taxa Selic em 15%** e o **cenário-base de corte de juros** em março. Os analistas reconhecem que a política monetária está funcionando, mas exige paciência em um período “bastante prolongado” em terreno contracionista, refletindo o impacto da **política fiscal equivocada** do governo.

Créditos: Misto Brasil

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