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Senador Braga Impõe Restrições a Novos Subsídios para Armazenamento de Energia no Setor Elétrico

O relator Eduardo Braga sinaliza o fim da aceitação de novos encargos tarifários para financiar tecnologias como baterias no sistema elétrico nacional.

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Introdução: Ponto de Inflexão no Setor Elétrico

O setor elétrico brasileiro vivencia um momento decisivo, buscando a modernização da matriz e o alívio da pressão tarifária que afeta o consumidor. O senador Eduardo Braga, relator central, alerta contra o financiamento de inovações, como sistemas de baterias, através de novos subsídios na conta de luz.

Posicionamento do Relator Contra Encargos Adicionais

Braga, figura proeminente nas discussões energéticas do Congresso, classificou como “inadmissível” a adição de novos encargos. Sua oposição se direciona à MP que moderniza o setor e à proposta do Ministério de Minas e Energia (MME) de incluir a tecnologia de armazenamento em um futuro leilão de capacidade. A postura do parlamentar visa atender à crescente demanda pela desoneração da tarifa.

Peso dos Subsídios e a Pressão sobre o Consumidor

A crítica do senador ressoa com o mercado: o volume de subsídios atingiu seu limite. A complexidade da conta de luz brasileira deriva de encargos setoriais criados para incentivar a geração limpa ou garantir a universalização. Para Braga, é fundamental restaurar o equilíbrio financeiro do consumidor.

Debate sobre o Primeiro Leilão de Baterias no Brasil

O debate se intensifica com a sugestão de um primeiro leilão de baterias nacional. O objetivo é empregar o armazenamento para dar segurança e flexibilidade ao sistema, compensando a intermitência de fontes renováveis (solar e eólica). Contudo, se custeado pela tarifa, o ônus recairá diretamente sobre o consumidor.

Exigência de Financiamento Transparente para Soluções de Infraestrutura

O senador é enfático: “Não dá para fazer leilão de baterias e colocar a conta para o consumidor pagar”. Ele exige a garantia de que novas soluções de infraestrutura, vitais para a resiliência, sejam custeadas por mecanismos que não sobrecarreguem a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), o principal veículo dos subsídios.

Visão Geral: Racionalização e Reestruturação de Subsídios

A proposta de Braga para o setor elétrico foca na otimização. Ele advoga pela realocação e racionalização dos subsídios existentes, transformando gastos ineficientes em investimentos estratégicos. A visão é prover sinalização de preço correta ao mercado, evitando distorções competitivas que beneficiam setores específicos em detrimento da sociedade.

A Importância Vital das Baterias e o Custo de Capital

Especialistas em energias renováveis reconhecem que o armazenamento por meio de baterias é crucial para integrar grandes volumes de geração intermitente sem comprometer a rede. Apesar disso, o alto custo de capital da tecnologia estimula a busca por apoio governamental. A questão central reside em quem deve absorver esse custo inicial.

Busca por Mecanismos Alternativos de Viabilização Tecnológica

Para o relator, a lógica deve priorizar modelos que viabilizem a tecnologia sem onerar o consumidor cativo. Soluções como contratos de longo prazo com garantia de receita ou a inclusão da capacidade de armazenamento no Mecanismo de Compensação de Sobras e Faltas (MCSOF) são alternativas aos subsídios tradicionais.

Contexto de Segurança do Sistema e Leilão de Capacidade

A segurança do sistema e a modernização da infraestrutura voltaram ao foco após recentes interrupções. O MME vê o leilão de capacidade com baterias como uma resposta rápida para aumentar a confiabilidade, mas Braga adverte contra o uso do atalho tarifário.

Argumento sobre o Limite Aceitável de Encargos ao Consumidor

Braga argumenta que os encargos transferidos ao consumidor já excederam o nível aceitável. Segundo ele, a redução estrutural na conta de luz deve ser a prioridade do Congresso. Qualquer política nova que adicione custos é vista como “inadmissível” no atual cenário de instabilidade econômica e inflação no segmento de energia.

Necessidade de Modelos de Financiamento Inovadores

A recusa do senador em aceitar que o consumidor arque com os custos de implantação de baterias força o MME a explorar modelos de financiamento mais criativos. Isso inclui fundos de desenvolvimento, Parcerias Público-Privadas (PPPs) mais robustas ou a espera pela competitividade intrínseca da tecnologia.

Defesa da Moderação em Incentivos a Renováveis

Braga tem defendido a moderação nos subsídios destinados à geração distribuída e solar centralizada. Ele considera o acúmulo de encargos um risco sistêmico que onera a totalidade dos usuários para beneficiar grupos específicos, e insiste que as baterias não devem integrar esse ciclo.

O Papel da MP 1.304 na Reestruturação Tarifária

O setor elétrico monitora atentamente os movimentos de Braga, que detém influência decisiva sobre a MP 1.304, marco regulatório para a reestruturação tarifária e governança. Suas decisões definirão as regras futuras, especialmente sobre a expansão da infraestrutura com responsabilidade fiscal.

Sinalização do Fim da Criação de Novas Contas Setoriais

A resistência a novos subsídios para baterias indica que o Congresso busca romper com a política energética recente. A prática de criar “contas setoriais” e repassar custos ao consumidor sem fiscalização rigorosa parece estar se encerrando, impulsionada pela pressão pública e pela busca por reequilíbrio macroeconômico.

O Desafio de Conciliar Modernização e Sustentabilidade Fiscal

O desafio atual é equilibrar a necessidade de modernização, que exige tecnologias como o armazenamento de energia, com a viabilidade econômica da tarifa. O proposto leilão de capacidade, se implementado, necessitará de uma arquitetura financeira que convença Braga e os críticos de que os benefícios das baterias serão capturados sem custos ocultos à população.

Racionalidade e Disciplina Fiscal Imposta ao MME

A palavra-chave predominante é racionalidade. O setor elétrico exige investimentos, mas o custo não pode recair continuamente sobre o consumidor final. A posição de Braga impõe uma disciplina fiscal estrita ao MME e à ANEEL, forçando a criatividade regulatória para implementar as baterias sem recorrer ao subsídio fácil.

Um Chamado à Maturidade do Mercado de Energia

Em síntese, a tese de Braga é um chamado à maturidade de mercado. O armazenamento de energia é uma tecnologia disruptiva, e seu custo deve ser internalizado pela cadeia produtiva ou pelos reais beneficiários dos serviços de flexibilidade, e não diluído na tarifa de todos os consumidores, gerando mais uma “conta secreta”.

Próximos Passos Regulatórios e Mudança de Paradigma

O foco agora se volta para o texto final da MP 1.304. Se a visão de Braga prevalecer, ocorrerá uma mudança de paradigma: menos subsídios, maior atuação de mercado e, consequentemente, uma conta de luz mais justa e transparente para o consumidor brasileiro, permitindo o desenvolvimento sustentável das baterias.

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