Recorde de produção de grãos em 2025/2026: 353,8 milhões de toneladas

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou as projeções para a safra agrícola 2025/2026, e as notícias são excelentes! De acordo com a 13ª edição da pesquisa “Perspectivas para a Agropecuária 2025/2026”, o Brasil está a caminho de superar o recorde histórico de produção de grãos, estabelecido na safra anterior (2024/2025). A expectativa é que o volume total colhido atinja impressionantes 353,8 milhões de toneladas. Isso representa um aumento de 1% em relação aos 350,2 milhões de toneladas registrados na safra 2024/2025, que já era um marco para o setor.

O presidente da Conab, Edegar Pretto, expressou orgulho pelos resultados e pela precisão das estimativas da companhia. Ele anunciou que o primeiro dos 12 levantamentos detalhados para a próxima safra será apresentado em 14 de outubro, com a possibilidade concreta de um novo recorde. Essa projeção otimista é impulsionada principalmente pelo aumento da área cultivada, que deve passar de 81,74 milhões de hectares na safra passada para 84,24 milhões de hectares no próximo ciclo agrícola. Embora a produtividade média nacional das lavouras esteja projetada com uma leve redução de 2% (para 4.199 quilos por hectare) em comparação com 2024/2025, os números da Conab são apresentados com responsabilidade e precisão.

Destaque para Soja, Algodão e Milho

A Conab projeta um cenário robusto para as principais culturas. Para a **soja**, o Brasil deve ver um aumento de 3,6% na produção, alcançando 177,67 milhões de toneladas. Esse crescimento, influenciado pela forte demanda global, consolidará um novo recorde para a oleaginosa.

O **algodão** também mostra grande vitalidade. Com a boa rentabilidade e a possibilidade de vendas antecipadas, a área semeada deve crescer 3,5%, levando a uma produção recorde de 4,09 milhões de toneladas, um aumento de 0,7%.

No caso do **milho**, a expectativa é de uma leve redução de 1% na colheita em comparação com a safra 2024/2025, totalizando 138,3 milhões de toneladas, mesmo com o aumento da área cultivada nas primeira e segunda safras. Essa queda na produtividade se deve ao patamar excepcional da safra anterior, favorecida por condições climáticas ideais. Contudo, há um aumento na demanda interna (impulsionada pela produção de etanol) e externa, com a Ásia potencialmente redirecionando suas compras de milho norte-americano para o milho sul-americano, devido a tarifas.

Cenário para Arroz e Feijão

Para o **arroz**, a projeção indica uma retração na área cultivada nos principais estados produtores, caindo de 1,76 milhão de hectares em 2024/2025 para 1,66 milhão de hectares em 2025/2026. Essa tendência é resultado de um excedente de oferta e desvalorização do grão na safra anterior, que registrou alta produção nacional e internacional. Uma redução de 4,8% na produtividade média também é esperada, reflexo do desempenho excepcional de 2024/2025.

Já o **feijão** mantém uma projeção estável, com uma produção estimada próxima de 3,1 milhões de toneladas na safra 2025/2026, o que garante o consumo previsto no país.

Visão Geral

A ministra substituta do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), Fernanda Machiaveli, celebrou os números, destacando que “as perspectivas são excelentes”. Ela ressaltou que o Brasil alcançará mais uma **safra recorde** em um cenário desafiador, marcado por **mudanças climáticas**, crises geopolíticas e guerras comerciais. Segundo a ministra, a agricultura brasileira continuará sendo vitoriosa, produzindo alimentos para abastecer as famílias no Brasil e garantindo a oferta global. Machiaveli acredita que o **cenário positivo será ainda mais favorecido** pela estratégia de manter mercados existentes e buscar novas **possibilidades internacionais** para escoar uma produção cada vez mais sustentável, fortalecendo os sistemas produtivos da Agricultura Familiar.

Créditos: Misto Brasil

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