Você está aqui
Home > Negócios > <div>Petrobras e A&T: O Contrato de R$ 1,76 Bi que Estrutura o Futuro do Hidrogênio no GasLub</div>

Petrobras e A&T: O Contrato de R$ 1,76 Bi que Estrutura o Futuro do Hidrogênio no GasLub

Publicidade

Petrobras e A&T fecham contrato de R$ 1,76 bi para Unidade de Hidrogênio, alavancando a infraestrutura para a transição energética brasileira.

Conteúdo

O Escopo e o Valor Estratégico do Contrato de R$ 1,76 Bi

O contrato de R$ 1,76 bi firmado entre a Petrobras e o consórcio liderado pela A&T (Azevedo & Travassos), atuando através de sua controlada Heftos, cobre o escopo completo de EPC (Engenharia, Suprimentos e Construção, Montagem, Comissionamento e Testes). O prazo de execução é robusto, estendendo-se por 40 meses.

Esse volume de investimento demonstra o compromisso da Petrobras em finalizar o GasLub (antigo Comperj) e em modernizar sua capacidade de refino. A unidade é tecnicamente chamada de Unidade de Geração de Hidrogênio (UGH).

O consórcio liderado pela A&T saiu vitorioso de um processo de licitação complexo, garantindo que o projeto tenha a segurança jurídica e a conformidade necessárias para uma obra dessa magnitude. A participação da engenharia nacional é, por si só, um incentivo à cadeia produtiva do país.

É um investimento que fortalece o segmento de Oil & Gas e, simultaneamente, prepara a estrutura básica para a próxima fase da transição energética brasileira.

A Unidade de Hidrogênio no Coração do GasLub

A localização da nova unidade de hidrogênio é estratégica: o complexo de GasLub em Itaboraí, no Rio de Janeiro. Este local é vital para a infraestrutura de gás natural e processamento da Petrobras na Bacia de Santos.

A principal função imediata dessa unidade de hidrogênio de alta pureza será dar suporte ao processamento de combustíveis. O hidrogênio é essencial no processo de hidrotratamento, que remove impurezas como enxofre e nitrogênio do diesel e da gasolina.

A produção de combustíveis mais limpos e com baixo teor de enxofre é uma exigência global e um passo fundamental para a decarbonização do setor de transportes, mesmo que a origem do hidrogênio na UGH seja, inicialmente, o gás natural.

O investimento da Petrobras na UGH do GasLub é, portanto, uma adequação regulatória e ambiental que melhora a qualidade de seus produtos finais, alinhando-se aos padrões internacionais de eficiência e sustentabilidade.

A Controvérsia do Tom: Hidrogênio Cinza vs. Azul na Transição Energética

Para a comunidade de energia limpa, é crucial analisar o tipo de hidrogênio que será produzido no GasLub. Visto que a Petrobras é uma empresa de petróleo e gás, a UGH tipicamente utilizará o *steam methane reforming* (SMR), produzindo hidrogênio cinza (a partir do gás natural).

No entanto, este passo é visto como um trampolim para o hidrogênio azul. O hidrogênio azul é produzido da mesma forma que o cinza, mas com a captura e armazenamento de carbono (CCS), mitigando a maior parte das emissões de CO2.

O investimento de R$ 1,76 bi na unidade de hidrogênio pode ser adaptado para o CCS no futuro, o que está alinhado com o foco da Petrobras na redução da intensidade de carbono. É um movimento pragmático que usa a infraestrutura de gás existente como ponto de partida para a transição energética.

Afinal, a alta demanda por hidrogênio no refino só cresce. Garantir um suprimento interno, mesmo que cinza/azul, reduz a dependência de importação e estabelece *know-how* operacional.

Impacto para a Engenharia Nacional e a A&T

Para a A&T (Azevedo & Travassos), a assinatura do contrato de R$ 1,76 bi representa uma vitória significativa e a consolidação de sua competência em projetos de grande escala na área de Oil & Gas e infraestrutura.

O prazo de 40 meses exigirá um gerenciamento rigoroso de suprimentos, logística e mão de obra. O consórcio, ao vencer a licitação, assume a responsabilidade de entregar uma unidade de hidrogênio vital dentro do cronograma e dos padrões de qualidade da Petrobras.

O Futuro da Petrobras e o Ponto de Encontro com o Hidrogênio Verde

Embora a unidade de hidrogênio no GasLub seja focada no hidrogênio cinza/azul, ela é um passo indireto para o hidrogênio verde. A Petrobras tem planos ambiciosos de investimentos em energia renovável e em projetos-piloto de hidrogênio verde via eletrólise.

O conhecimento adquirido na construção e operação da UGH (no manejo, compressão e distribuição do hidrogênio) será fundamental quando a Petrobras começar a integrar grandes eletrolisadores em seus complexos industriais. A segurança jurídica e a estabilidade desse contrato de R$ 1,76 bi abrem caminho para futuras parcerias em H2V.

O montante investido é um reflexo do Plano Estratégico 2024-2028 da Petrobras, que destina parte significativa de seu investimento para projetos de low carbon e de aumento da eficiência operacional.

Em última análise, o contrato de R$ 1,76 bi entre Petrobras e A&T é mais do que um projeto de refino; é a materialização de um elo perdido na transição energética. Ele garante a infraestrutura fundamental para que o hidrogênio – em todas as suas cores – se torne o combustível flexível e limpo que o futuro da matriz energética brasileira exige. É o gás de transição pavimentando o caminho para o elétron limpo.

Veja tudo de ” Petrobras e A&T: O Contrato de R$ 1,76 Bi que Estrutura o Futuro do Hidrogênio no GasLub ” em: Portal Energia Limpa.

Deixe um comentário

Top