20 de Janeiro, 2025 – O dia de hoje marca o início do segundo mandato de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos. Para milhões de pessoas, esse dia traz uma profunda preocupação com o futuro do nosso planeta e das nossas comunidades, dado o histórico anterior do presidente eleito de desmantelar processos e proteções ambientais em favor da perigosa expansão dos combustíveis fósseis. Em meio à escalada do caos climático, à crescente desigualdade e à instabilidade geopolítica, a urgência de uma ação coletiva nunca foi tão grande.

Ilan Zugman, Diretor para América Latina e Caribe da 350.org disse:

“Este é um momento que demanda colaboração radical, resiliência e ação. Devemos ver essa presidência de Trump, em meio à ascensão global do autoritarismo de extrema direita, como um alerta coletivo. Não temos a opção de abaixar a cabeça. A vasta rede de organizações climáticas, econômicas e de justiça social, da qual a 350.org faz parte, continuará a se organizar e a lutar para proteger nosso planeta e nossas comunidades. Este ano, a conferência climática da ONU, COP30, será sediada pelo Brasil, mas a grande questão é: o nosso país aproveitará ao máximo essa oportunidade? O governo brasileiro deve ser um exemplo, ouvir as comunidades indígenas e tradicionais, pôr fim aos seus próprios planos de continuar explorando combustíveis fósseis sujos, pressionar os países ricos a pagar e dizer ao mundo que os combustíveis fósseis não são sinônimo de desenvolvimento. O Brasil também deve apresentar planos concretos para a transição energética justa nos próximos anos e usar sua voz para, junto com outras nações, pressionar a ação climática internacionalmente.”

As comunidades da linha de frente, especialmente os grupos indígenas e tradicionais, já estão mostrando o caminho a seguir com soluções inovadoras e corajosas a partir de campanhas como Energia dos Povos e A Resposta Somos Nós. Devemos fazer o que pudermos para ampliar, unir e fortalecer essas demandas e soluções justas, de modo que, coletivamente, direcionamos os fundos dos combustíveis fósseis para projetos renováveis que beneficiem comunidades e as tornem mais resilientes e donas do seu próprio futuro.

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