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Operador Nacional reduz Controle Direto e Energia no Brasil torna-se mais Descentralizada

ONS terá menor controle direto com avanço da geração distribuída e energia renovável no Brasil

O Que Significa Controle Direto do ONS

O ONS é o coração da operação do sistema elétrico brasileiro, responsável por coordenar e controlar a geração e transmissão em tempo real para garantir a segurança energética e qualidade do suprimento. O termo controle direto refere-se à capacidade do ONS de despachar usinas, otimizando a geração e o fluxo de energia na rede.

Historicamente, com a maior parte da capacidade instalada formada por grandes hidrelétricas e termelétricas, o ONS tinha visibilidade e comando quase total. A redução para 45% aponta para uma nova era de gestão da complexidade no setor elétrico brasileiro.

Causas da Mudança com Geração Distribuída e Fontes Variáveis

A principal causa dessa descentralização é o crescimento acelerado da geração distribuída, especialmente da energia solar fotovoltaica em residências e empresas. Milhares de pequenos geradores alteram os padrões de fluxo, muitas vezes sem visibilidade em tempo real para o ONS. A capacidade instalada da GD tem crescido exponencialmente.

Além disso, o avanço das fontes renováveis intermitentes, como a eólica e solar centralizada, aumenta a variabilidade da geração, exigindo uma orquestração mais complexa e diluindo o controle direto do ONS.

Desafios para a Estabilidade e Segurança do Sistema Elétrico

A redução da capacidade instalada sob controle direto do ONS traz desafios críticos para a gestão da intermitência e variabilidade das energias renováveis. Oscilações na geração distribuída podem causar desequilíbrios locais, impactando a qualidade da energia.

Garantir a segurança energética diante dessa nova realidade demanda maior flexibilidade do sistema, por meio do armazenamento de energia e resposta da demanda, essenciais para evitar blecautes e assegurar o suprimento nos momentos de pico.

Oportunidades e Soluções para um Sistema Mais Descentralizado

A descentralização abre espaço para inovações tecnológicas, como o avanço das redes inteligentes (smart grids), que permitirão maior visibilidade e controle sobre a geração distribuída mesmo sem controle direto. Digitalização, sensores e automação serão fundamentais.

O desenvolvimento do armazenamento de energia, especialmente baterias, proporcionará flexibilidade ao sistema, armazenando e liberando energia conforme necessário. Novos modelos de negócio e uma regulação energética adaptada são fundamentais para remunerar essa flexibilidade e garantir a efetividade do planejamento.

Implicações para a Transição Energética e Energia Limpa no Brasil

A queda do controle direto do ONS sobre a capacidade instalada evidencia o avanço acelerado da transição energética no Brasil, impulsionada pela expansão da geração distribuída e das fontes renováveis. O país se posiciona como protagonista na produção de energia limpa.

Transformar essa descentralização em vantagem exige colaboração entre o ONS, reguladores, distribuidores, consumidores e empresas, para garantir robustez e confiabilidade ao setor elétrico brasileiro e um sistema energético sustentável.

Visão Geral

O ONS terá apenas 45% da capacidade instalada sob seu controle direto até 2029, representando uma evolução estrutural e tecnológica no setor elétrico brasileiro. A descentralização da energia limpa e as soluções em redes inteligentes e armazenamento de energia serão essenciais para assegurar a segurança energética e a sustentabilidade na transição energética do Brasil.

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