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O pulso do mercado aguarda Fed e BC na superquarta

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Superquarta: Não só os juros, mas o ‘tom’ que o mercado ouve.

Nesta “Superquarta”, o foco principal do mercado financeiro não está apenas nas decisões dos bancos centrais do Brasil e dos Estados Unidos sobre as taxas de juros. O que realmente interessa é o “tom” dos comunicados que essas instituições vão divulgar. Isso porque essas declarações servem como um guia, revelando as futuras intenções e estratégias da política monetária, e não apenas as ações tomadas no momento.

Estados Unidos: Um Corte Cauteloso

De acordo com especialistas consultados pelo InfoMoney, espera-se que o Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos, anuncie um corte inicial nas taxas de juros. No entanto, sua comunicação deverá ser “dovish-cautelosa”. Isso quer dizer que o Fed reconhecerá que o mercado de trabalho está um pouco mais relaxado e que a inflação está mais controlada, mas, ao mesmo tempo, deixará claro que as próximas decisões dependerão de novos dados econômicos e que não há um cronograma fixo para futuras reduções.

A pressão para diminuir os juros nos EUA cresceu após o aumento nos pedidos de auxílio-desemprego, que atingiram o maior nível em dois anos. Além disso, o Departamento de Estatísticas do Trabalho (BLS) revisou para baixo o número de empregos criados. Esses sinais de desaceleração na economia, porém, convivem com uma inflação que ainda preocupa. Por isso, o Fed deve ser muito cuidadoso em seu discurso, gerenciando as expectativas do mercado sem prometer uma série de cortes. Bancos como Bank of America (BofA) e JPMorgan preveem um corte de 0,25 ponto percentual (p.p.), levando a taxa de juros para a faixa de 4% a 4,25% ao ano.

Brasil: Manutenção e Vigilância

Aqui no Brasil, a expectativa é que o Comitê de Política Monetária (Copom), que é o órgão do Banco Central responsável por definir a taxa básica de juros, a Selic, mantenha-a em 15% ao ano. Apesar de ter havido uma melhora nas projeções de inflação (informações coletadas pelo boletim Focus), o Copom provavelmente adotará um tom de “vigilância” em seu comunicado. Isso significa que, mesmo reconhecendo a recente queda da inflação (deflação) e a redução do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), a instituição deve insistir na importância de manter os juros altos por mais tempo. O objetivo é garantir que as expectativas de inflação futura permaneçam controladas.

Visão Geral

Bruna Centeno, economista da Blue3 Investimentos, destaca que a forma como esses comunicados são redigidos pode ter um grande impacto nos mercados financeiros, especialmente se o tom for diferente do que os investidores já esperam. Por exemplo, a Bolsa de Valores brasileira tem registrado recordes recentes, impulsionada pela expectativa de cortes de juros nos Estados Unidos. Isso acontece porque, quando os juros caem lá fora, investidores estrangeiros tendem a buscar mercados onde possam ter retornos maiores, e o Brasil pode se tornar mais atraente.

Créditos: Misto Brasil

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