O paradoxo da Energia barata, mas a conta pro consumidor no Brasil é cara Economia by Portal Meus Investimentos - 14 de agosto de 2024 Publicidade Estudo mostra o motivo da energia do brasileira ser barata, mas a conta de luz para o consumidor ser cara, veja Especialistas no setor elétrico são unânimes em dizer que o Brasil é o país da energia barata e da conta de luz cara – e o fator-chave por trás desse fenômeno é o acúmulo de subsídios. Esses incentivos, bancados pelos consumidores, mais que dobraram em cinco anos e já representam 13,5% da fatura mensal. “Esse é o nosso paradoxo e não é de hoje. O nosso custo de geração de energia está entre um dos mais baixos do mundo. Ocupamos a terceira posição global em capacidade instalada de fontes renováveis, atrás apenas de China e Estados Unidos. Mas a nossa conta de luz é uma das que mais pesam no bolso do consumidor”, afirma Katia Rocha, pesquisadora do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Como os Subsídios Afetam a Conta de Luz? A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) revelou que os subsídios mais que dobraram em cinco anos, alcançando R$ 40,3 bilhões em 2023 – equivalendo a todo o orçamento do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional. Isso representa mais de 13% do valor pago pelos consumidores na conta de luz, um aumento significante comparado a 5,5% em 2018. O Papel da Geração Distribuída A geração distribuída, incentivo criado para permitir sistemas de mini ou microgeração, como painéis solares, também apresenta desafios. Os subsídios para esta modalidade cresceram 11.635% entre 2018 e 2023, superando R$ 7 bilhões. Isso gerou a necessidade de grandes investimentos das distribuidoras na rede, investimentos esses que só são remunerados periodicamente. Os incentivos para energia eólica e solar também dispararam, crescendo 171% nos últimos cinco anos. “Qualquer planta nova de eólica e solar paga metade das tarifas de uso dos sistemas de transmissão e distribuição, sendo que esse já é um setor maduro, que não precisaria mais de tanto subsídio”, afirma o professor da UFRJ Nivalde de Castro. Em consequência, o crescimento da oferta de eólica e solar não é baseado em planejamento, mas nas vantagens oferecidas pelos incentivos, obrigando o Operador Nacional do Sistema (ONS) a realizar cortes de carga. O Desafio de Reformular o Setor Elétrico O Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que um projeto de reformulação do setor elétrico será apresentado até setembro, abordando a questão dos subsídios. Mas a reestruturação completa ainda enfrenta desafios significativos perante o Congresso, que influencia a política energética por meio de emendas incluídas em MPs e projetos de lei. Em resumo, o Brasil continua a enfrentar o paradoxo de ter energia barata, mas com alto custo para o consumidor. Reformas estruturais são necessárias para racionalizar os subsídios e garantir que a tarifa de energia elétrica se torne mais justa e competitiva para todos. Subsídios mais que dobraram em cinco anos. Cifras alcançaram R$ 40,3 bilhões em 2023. Conta de luz mais cara devido ao acúmulo de subsídios. Medidas temporárias do governo não resolvem o problema estrutural. VEJA TAMBÉM: Usina solar acessível para todos com zero investimento O post O paradoxo da Energia barata, mas a conta pro consumidor no Brasil é cara apareceu primeiro em Portal Energia Limpa. Compartilhe isso: Clique para compartilhar no Facebook(abre em nova janela) Facebook Clique para compartilhar no X(abre em nova janela) 18+ Clique para compartilhar no WhatsApp(abre em nova janela) WhatsApp Clique para compartilhar no Telegram(abre em nova janela) Telegram Mais Clique para compartilhar no LinkedIn(abre em nova janela) LinkedIn Clique para compartilhar no Tumblr(abre em nova janela) Tumblr Clique para imprimir(abre em nova janela) Imprimir Relacionado