MP 1300/25: Reforma do setor elétrico põe Brasil diante de escolha entre eficiência e subsídios, aponta CLP Política by Portal Meus Investimentos - 30 de maio de 2025 Análise alerta que ampliação de benefícios tarifários pode comprometer ganhos da abertura do mercado prevista até 2028 A proposta de reforma do setor elétrico brasileiro, em discussão no governo federal, promete reduzir tarifas e modernizar o mercado ao liberar a escolha de fornecedores para todos os consumidores até 2028. No entanto, para o Centro de Liderança Pública (CLP), a expansão de subsídios tarifários, como a gratuidade de 80 kWh para famílias de baixa renda, pode distorcer os preços e comprometer os ganhos de eficiência. Segundo entendimento da organização, em um setor onde encargos já representam mais de 40% da conta de luz, o desafio é equilibrar inclusão social e competitividade. Acesso ao relatório CLP A reforma prevê a universalização do Ambiente de Contratação Livre (ACL), permitindo que indústrias, comércios e, a partir de 2028, residências escolham seu fornecedor de energia. Para Daniel Duque, gerente de Inteligência Técnica do CLP e autor da análise, a medida segue o modelo de países que reduziram custos com a liberalização. “A experiência internacional mostra que mercados abertos, como os da União Europeia e EUA, geraram ganhos de eficiência. No entanto, casos como o da Espanha mostram que subsídios embutidos na tarifa podem corroer os ganhos da competição”. Ainda assim, a proposta brasileira combina a abertura com ampliação de subsídios, como o desconto de até 120 kWh para famílias do Cadastro Único. O risco, segundo o estudo, é que o benefício, que atingiria mais da metade da população, perca focalização e acabe onerando outros consumidores ou o Tesouro. O Plano Nacional de Transição Energética (PNTE), que prevê R$ 2 trilhões em investimentos, é visto como complementar à reforma, mas o CLP alerta para o excesso de subpolíticas (mais de 30) sem critérios claros. “Sem prioridades claras e métricas de custo-efetividade, programas podem competir entre si por crédito subsidiado ou outorgas de rede, fragmentando o planejamento setorial que a reforma tenta tornar mais racional por meio de sinal de preço único na tarifa”, diz Duque. No entanto, para o CLP, a reforma do setor elétrico representa uma janela de oportunidade para o Brasil baratear a energia e liderar a descarbonização. Mas seu sucesso dependerá de decisões regulatórias firmes, transparência fiscal e disposição política para colocar eficiência e equidade acima de interesses setoriais de curto prazo. “O Brasil pode ter um mercado capaz de atrair capital, inovar e liderar a transição energética com preços mais justos. Caso contrário, persistiremos no paradoxo da energia cara em um país de recursos abundantes”, conclui Duque. ASSUNTO RELACIONADO: Usina Solar sem pagar 1 real com zero de investimento Usina solar acessível para todos com zero investimento Veja tudo de ” MP 1300/25: Reforma do setor elétrico põe Brasil diante de escolha entre eficiência e subsídios, aponta CLP ” em: Portal Energia Limpa. Compartilhe isso: Clique para compartilhar no Facebook(abre em nova janela) Facebook Clique para compartilhar no X(abre em nova janela) 18+ Clique para compartilhar no WhatsApp(abre em nova janela) WhatsApp Clique para compartilhar no Telegram(abre em nova janela) Telegram Mais Clique para compartilhar no LinkedIn(abre em nova janela) LinkedIn Clique para compartilhar no Tumblr(abre em nova janela) Tumblr Clique para imprimir(abre em nova janela) Imprimir Relacionado