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Manutenção da bandeira tarifária vermelha em setembro com pequena chance de recuo para patamar 1

Manutenção da bandeira tarifária vermelha em setembro com pequena chance de recuo para patamar 1
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Período seco e modelo conservador do ONS sustentam despacho térmico elevado; mercado livre e geração distribuída seguem menos impactados

Com chuvas abaixo da média histórica em julho e baixa Energia Natural Afluente (ENA) na maior parte do País, exceto no Sul, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) projeta um despacho termelétrico mais intenso nos próximos meses. Diante desse cenário, a previsão do Grupo Bolt é que a bandeira tarifária de setembro se mantenha no patamar vermelho ou recue levemente para o vermelho 1.

Desde o início do período seco em 2025, o sistema vem operando sob bandeiras tarifárias mais onerosas, impactando diretamente o consumidor do mercado cativo. Em julho, vigorou a bandeira vermelha patamar 1, com acréscimo de R$ 4,46 a cada 100 kWh consumidos. Em agosto, o cenário se agravou e a bandeira vermelha patamar 2 foi acionada, elevando o custo adicional para R$ 7,87 a cada 100 kWh.

Qual bandeira podemos esperar para setembro?

Segundo o ONS, espera-se o aprofundamento no despacho termelétrico nos próximos meses, em razão tanto da situação hidrológica crítica quanto de um planejamento mais conservador por parte do operador. O modelo atual da ONS já presume um volume considerável de água nos reservatórios e, na ausência desse volume, recorre à geração térmica como medida de segurança energética. Além disso, o Ministério de Minas e Energia prorrogou até 30 de setembro a contratação de usinas térmicas de operação diferenciada, preparando o sistema para eventuais disparos rápidos na ponta da carga, quando necessário.

Para Luiz Madeira, head de varejo do Grupo Bolt, o cenário para setembro se concentra em dois caminhos: “O período seco, que normalmente vai até meados de setembro (fim do inverno), pode se prolongar. Então, a expectativa é que a bandeira fique como está ou recue para a vermelha patamar 1. Essa definição vai depender de como os reservatórios vão se comportar nas próximas semanas, mas o modelo conservador da ONS tende a manter o despacho térmico elevado até ter segurança hídrica.”

Vale ressaltar que a projeção é uma análise baseada nas condições vigentes do sistema elétrico e do regime hidrológico. Mudanças no padrão de chuvas, variações climáticas inesperadas ou alterações significativas no nível dos reservatórios podem modificar o cenário e, consequentemente, a definição da bandeira tarifária para setembro.



Menos impacto para o Mercado Livre de Energia e na Geração Distribuída

Enquanto consumidores do mercado cativo enfrentam impactos diretos das bandeiras tarifárias, o Mercado Livre de Energia (ACL) e os geradores distribuídos estão mais protegidos dessas oscilações. No mercado livre, os contratos costumam prever preços fixos ou indexados a fontes renováveis, reduzindo a exposição a custos elevados resultantes do despacho térmico. Já a geração distribuída, oferece autonomia ao consumidor, que reduz sua dependência das bandeiras tarifárias e se mantém menos vulnerável aos picos de Custo Marginal de Operação (CMO) provocados pela ativação de térmicas.

“No mercado livre, por exemplo, o consumidor escolhe seu fornecedor, negocia condições, tem previsibilidade de custos e, o mais importante: não carrega a maior parte desses encargos extras. É um modelo mais transparente, eficiente e economicamente viável. Já o modelo de energia solar por assinatura tem ganhado cada vez mais adesão por oferecer inovação, liberdade de escolha e uma economia média de 20% na conta de luz, em comparação com as tarifas tradicionais”, conclui o executivo.

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