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Itaú: a conta do remoto chegou para mil

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e demite mil por “inatividade” no home office

O Itaú, um dos maiores bancos da América Latina, realizou uma série de demissões em 8 de agosto de 2023. Aproximadamente mil funcionários que trabalhavam em regime híbrido ou totalmente remoto foram desligados. O motivo, segundo fontes, foi uma suposta baixa produtividade ou inatividade identificada através do monitoramento de suas atividades nos computadores. O banco, contudo, não confirmou o número exato de desligamentos, mas mencionou a identificação de “padrões incompatíveis com o princípio de confiança”.

O Que Aconteceu?

As demissões em massa no Itaú afetaram colaboradores que atuavam nas unidades de Centro Tecnológico, CEIC e Faria Lima. Segundo o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, esses desligamentos foram o resultado de um monitoramento de seis meses, que avaliou a performance e a aderência ao regime de trabalho remoto dos funcionários.

A Justificativa do Banco

Maikon Azzi, diretor do sindicato e funcionário do Itaú, afirmou que o banco justificou as demissões com base em “registros de inatividade nas máquinas corporativas”, citando períodos de até quatro horas ou mais de suposta ociosidade. A avaliação do banco indicou que a atividade desses funcionários era incompatível com o registro de ponto. Em nota oficial, o Itaú declarou ter realizado uma “revisão criteriosa de condutas relacionadas ao trabalho remoto e registro de jornada”, identificando “padrões incompatíveis com nossos princípios de confiança”.

A Posição do Sindicato

O Sindicato dos Bancários criticou a forma como as demissões foram conduzidas, alegando que o banco agiu sem oferecer advertências, feedbacks ou qualquer tipo de sinalização prévia que permitisse aos funcionários corrigir suas condutas. Para o sindicato, a ausência desses avisos transformou os desligamentos em uma demissão em massa sem o devido processo de comunicação com os colaboradores.

Como o Monitoramento Foi Feito?

Embora o Itaú não tenha detalhado a metodologia de monitoramento, reportagens, como a da Folha de São Paulo, indicam que o banco acompanha diversas variáveis nos computadores dos funcionários. Isso inclui o uso da memória, a quantidade de cliques, a abertura de abas, o registro de tarefas no sistema e a criação de chamados. Esse acompanhamento serve para medir a atividade e engajamento dos colaboradores durante a jornada de trabalho, especialmente em regimes remotos ou híbridos.

Visão Geral

Este episódio no Itaú reflete um debate crescente sobre a gestão e o monitoramento da produtividade no trabalho remoto. Enquanto as empresas buscam garantir a eficiência e a confiança de seus colaboradores, os sindicatos e trabalhadores levantam questões sobre a privacidade, a forma de avaliação e a importância de feedbacks construtivos antes de medidas drásticas. O caso do Itaú destaca a tensão entre a necessidade de controle das empresas e a busca por um ambiente de trabalho justo e transparente, especialmente em modelos de trabalho que se tornaram mais comuns após a pandemia.

Créditos: Misto Brasil

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