Indústria Brasileira Pede Veto Presidencial à MP 1.304 por Risco de Encarecimento e “Carbonização” da Tarifa Elétrica Política by Portal Meus Investimentos - 10 de novembro de 2025 O setor elétrico alerta para potenciais prejuízos decorrentes de emendas na MP 1.304, que podem elevar custos e comprometer a matriz de energia limpa nacional. Conteúdo Introdução ao Alerta do Setor Elétrico A Contagem Regressiva Regulamentada e os Sete Trechos O Efeito Duplo: Encarecimento da CDE e Carbonização da Matriz Os ‘Jabutis’ Contra a Racionalidade Regulamentar A Voz do Movimento: Defesa do Consumidor e da Energia Limpa O Legado da Decisão Presidencial e o Futuro da Transição Energética Visão Geral Introdução ao Alerta do Setor Elétrico O setor elétrico brasileiro está em alerta máximo. Um movimento que representa a indústria, formado por grandes consumidores, associações e players de energia limpa, clamou publicamente pelo veto presidencial a sete trechos da MP 1.304, convertida em Projeto de Lei de Conversão (PLV). A principal preocupação é que as emendas incluídas no texto original, conhecidas como jabutis, têm o potencial real de encarecer dramaticamente a conta de luz do consumidor e, ironicamente, carbonizar a matriz energética que é referência mundial em fontes renováveis. Esta não é uma disputa menor. Trata-se de definir o futuro regulatório e financeiro da transição energética brasileira. O setor elétrico está farto de ter que absorver custos setoriais impostos por legislação que foge ao debate técnico. Os sete trechos controversos significam um desvio de rota: em vez de promover a modicidade tarifária e a competitividade, a MP, em sua versão aprovada, cria novos subsídios e obrigações de contratação que favorecem fósseis de alto custo. A Contagem Regressiva Regulamentada e os Sete Trechos O veto solicitado pelo movimento que representa a indústria, notadamente articulado pela União Pela Energia, recai sobre pontos que inflacionam a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE). A CDE é o grande reservatório de subsídios e encargos do setor elétrico, pago diretamente pelo consumidor na tarifa. Cada novo subsídio inserido na legislação aumenta o custo da energia para todos. A pressão por esses vetos é urgente, dado o prazo para a sanção presidencial. A indústria argumenta que a MP, que deveria tratar de temas pontuais e urgentes, foi sequestrada para inserir interesses de grupos específicos que buscam garantir mercado para projetos de energia que seriam inviáveis em um ambiente de livre concorrência. Essa prática, se não vetada, consolida a cultura do protecionismo no setor elétrico brasileiro, em detrimento da eficiência energética. A manutenção desses sete trechos representa uma afronta à transição energética. O Brasil precisa de clareza regulatória para atrair capital para fontes renováveis, mas esses dispositivos criam uma insegurança jurídica e financeira, ameaçando a liderança nacional em energia limpa. O Efeito Duplo: Encarecimento da CDE e Carbonização da Matriz O cerne da crítica do movimento que representa a indústria reside no efeito duplo dos trechos: encarecer e carbonizar. 1. O Encarecimento (Ataque à Modicidade Tarifária): Os subsídios propostos visam expandir os benefícios tarifários para novas categorias de empreendimentos ou prorrogar incentivos para fontes que já deveriam estar maduras. Ao transferir esses custos para a CDE, o governo indiretamente penaliza o consumidor e distorce o Livre Mercado de Energia. O setor elétrico profissional entende que a modicidade tarifária só é alcançada pela competição e pela redução de encargos. A MP 1.304, em sua forma final, faz exatamente o oposto: eleva o volume de subsídios e torna a energia produzida por fontes renováveis competitivas mais cara para o consumidor final, que arca com o custo da energia dos jabutis. 2. A Carbonização (Freio na Descarbonização): O aspecto mais perverso dos sete trechos é o risco de carbonizar a matriz energética. Emendas inseriram a obrigatoriedade de contratação de reserva de capacidade ou de novas usinas termelétricas (fósseis) em regiões específicas, sob o pretexto de segurança do sistema. Essa contratação compulsória de energia suja de alto custo desconsidera alternativas mais limpas e eficientes, como o armazenamento de energia (BESS) e a gestão inteligente da demanda. Ao garantir o mercado para fósseis com contratos de longo prazo, o PLV não apenas aumenta os encargos, mas também amarra o Brasil a fontes poluidoras por décadas, desacelerando a descarbonização. O movimento que representa a indústria aponta que essa política é incoerente com o status climático do Brasil, líder em fontes renováveis, e representa um passo atrás na transição energética justa. Os ‘Jabutis’ Contra a Racionalidade Regulamentar Os sete trechos vetados representam a falta de racionalidade regulamentar. Eles foram inseridos de forma exógena à discussão principal, sem o devido debate técnico e análise de impacto tarifário pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) ou pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE). A União P&ela Energia e demais entidades do setor elétrico denunciam que a MP foi utilizada como “trem da alegria” para aprovar projetos que não resistiriam a um leilão de concorrência pura. Tais projetos, sejam eles relacionados a uma térmica específica ou a uma extensão de benefício regional, dependem exclusivamente da lei para sobreviver. O veto é, portanto, um ato de defesa do princípio da livre concorrência. Se o projeto é bom e necessário para a segurança do sistema, ele deve ser contratado via leilão competitivo, garantindo o menor custo da energia para a sociedade. A imposição legislativa de subsídios é um desvirtuamento do papel do Estado na transição energética. A Voz do Movimento: Defesa do Consumidor e da Energia Limpa O movimento que representa a indústria é composto por empresas cuja competitividade depende do baixo custo da energia. Indústrias como a siderurgia, a química e a de cimento são intensivas em energia e operam no Livre Mercado de Energia. Qualquer aumento nos encargos da CDE afeta diretamente sua competitividade global. A defesa da energia limpa é, para este movimento, uma defesa econômica. A energia eólica e solar são as mais baratas para o consumidor brasileiro no longo prazo. Ao subsidiar fósseis e carbonizar a matriz, o governo joga contra seu próprio setor produtivo. A União Pela Energia exige que o Presidente da República utilize o poder de veto para restaurar o equilíbrio do setor elétrico. Os sete trechos específicos são aqueles que ameaçam inflar os subsídios, comprometer a modicidade tarifária e impor uma carga desnecessária de carbonização ao país. O Legado da Decisão Presidencial e o Futuro da Transição Energética A decisão sobre os sete trechos da MP 1.304 será um marco na gestão da transição energética brasileira. Sancionar os jabutis significa priorizar interesses localizados e o lobby das fontes fósseis. Vetá-los significa reafirmar o compromisso com a descarbonização, a eficiência energética e, acima de tudo, o respeito ao bolso do consumidor. O setor elétrico aguarda um posicionamento que privilegie a estratégia de longo prazo. O Brasil precisa de estabilidade regulatória para que os investimentos em fontes renováveis e hidrogênio verde (H2V) continuem a crescer. A manutenção dos subsídios e a carbonização da matriz são incompatíveis com o status de líder climático que o país busca na COP30. O veto é mais do que um ato político; é uma ferramenta essencial para garantir que a Transição Energética Justa seja, de fato, a transição mais barata, limpa e competitiva para o futuro do setor elétrico brasileiro. Visão Geral A pressão industrial visa o veto de sete trechos da MP 1.304, sob o argumento de que as emendas inseridas ameaçam encarecer a tarifa elétrica via aumento de subsídios na CDE e promovem a carbonização da matriz energética ao favorecer fósseis, prejudicando a modicidade tarifária e a liderança do Brasil em energia limpa. Veja tudo de ” Indústria Brasileira Pede Veto Presidencial à MP 1.304 por Risco de Encarecimento e “Carbonização” da Tarifa Elétrica ” em: Portal Energia Limpa. Compartilhe isso: Clique para compartilhar no Facebook(abre em nova janela) Facebook Clique para compartilhar no X(abre em nova janela) 18+ Clique para compartilhar no WhatsApp(abre em nova janela) WhatsApp Clique para compartilhar no Telegram(abre em nova janela) Telegram Mais Clique para compartilhar no LinkedIn(abre em nova janela) LinkedIn Clique para compartilhar no Tumblr(abre em nova janela) Tumblr Clique para imprimir(abre em nova janela) Imprimir Relacionado