Haddad afirma que a política fiscal envolve mais do que apenas ações governamentais Economia by Portal Meus Investimentos - 22 de setembro de 2025 Publicidade A saúde financeira do país é uma responsabilidade compartilhada entre o Poder Executivo, o Congresso Nacional e o Poder Judiciário. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, trouxe à tona um ponto crucial: a saúde financeira do país, ou a política fiscal, não é uma responsabilidade exclusiva do Poder Executivo. Segundo ele, o Congresso Nacional e o Poder Judiciário também desempenham um papel fundamental nesse equilíbrio. Essa perspectiva ressalta a interdependência entre os três poderes na gestão das contas públicas. Pressões no Orçamento: Emendas e Precatórios Haddad destacou que o crescimento tanto das emendas parlamentares (recursos destinados por deputados e senadores) quanto dos precatórios (dívidas judiciais que a União precisa pagar) tem exercido uma forte pressão sobre o Orçamento da União. Para lidar com essa questão, foi criado um grupo de trabalho com o objetivo de manter um diálogo constante com o Judiciário, explicando como certas ações e decisões judiciais podem impactar diretamente as finanças do governo. O ministro apontou que, atualmente, as emendas parlamentares somam cerca de R$ 50 bilhões. Já os precatórios, que antes giravam entre R$ 50 bilhões e R$ 60 bilhões, praticamente dobraram, chegando a R$ 100 bilhões. O Impacto das Decisões Judiciais Uma crítica específica feita por Haddad foi direcionada à chamada “Tese do Século”. Essa decisão do Poder Judiciário permitiu que empresas deixassem de incluir o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) na base de cálculo das contribuições federais PIS/Cofins. O ministro estima que essa medida resultou em uma perda de arrecadação superior a R$ 1 trilhão, o que, segundo ele, equivale a cerca de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) da dívida pública brasileira. Essa fala sublinha o peso que as deliberações judiciais podem ter sobre a capacidade do Estado de arrecadar e gerir seus recursos. Despesas “Herdadas” e o Cenário Atual Haddad também apontou que uma parcela significativa dos gastos atuais do governo – equivalente a 0,5 ponto percentual do PIB, ou cerca de R$ 70 bilhões – não foi contratada pela gestão atual. Ele explicou que essas são “despesas permanentes” que foram instituídas no governo anterior, do ex-presidente Jair Bolsonaro, por meio de alterações no Benefício de Prestação Continuada (BPC) e no Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb). O ministro enfatizou que o governo atual está honrando esses compromissos, mesmo não tendo sido o responsável por sua criação, o que adiciona mais um fator de complexidade ao gerenciamento fiscal. Visão Geral Em suma, a mensagem do Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, é clara: a estabilidade das contas públicas é um esforço conjunto que exige a colaboração e responsabilidade de todos os poderes – Executivo, Legislativo e Judiciário. Pressões como o aumento das emendas parlamentares, o crescimento exponencial dos precatórios e o impacto de decisões judiciais como a “Tese do Século” demandam uma atenção coordenada. Além disso, a gestão fiscal atual precisa lidar com despesas permanentes “herdadas” de administrações anteriores, demonstrando a complexidade e os múltiplos desafios enfrentados na busca pelo equilíbrio financeiro do país. Créditos: Misto Brasil Veja tudo de ” Haddad afirma que a política fiscal envolve mais do que apenas ações governamentais ” em: Portal Energia Limpa. Compartilhe isso: Clique para compartilhar no Facebook(abre em nova janela) Facebook Clique para compartilhar no X(abre em nova janela) 18+ Clique para compartilhar no WhatsApp(abre em nova janela) WhatsApp Clique para compartilhar no Telegram(abre em nova janela) Telegram Mais Clique para compartilhar no LinkedIn(abre em nova janela) LinkedIn Clique para compartilhar no Tumblr(abre em nova janela) Tumblr Clique para imprimir(abre em nova janela) Imprimir Relacionado