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Desculpa Trump, Foi mal pelo Pix!

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Descentralização bancária e a batalha contra a hegemonia financeira global

O Pix, um sistema de pagamentos instantâneos lançado pelo Banco Central do Brasil, tem sido objeto de atenção não apenas no Brasil, mas também internacionalmente, incluindo críticas por parte do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Para entender a importância do Pix e por que ele tem gerado tanto interesse, é necessário olhar para a sua criação e como ele se encaixa no contexto do sistema financeiro brasileiro e global.

No dia 21 de dezembro de 2018, um grupo de trabalho concluiu os fundamentos do futuro sistema que revolucionaria o sistema de pagamentos brasileiro. Esse sistema, conhecido como Pix, foi lançado em novembro de 2020 e permite a transferência de recursos 24 horas por dia, sete dias por semana, entre instituições financeiras diferentes, de forma instantânea e sem custos para pessoas físicas e microempreendedores individuais (MEI).

A criação do Pix faz parte de um esforço maior do Banco Central do Brasil para modernizar o sistema financeiro nacional, aumentar a inclusão financeira e estimular a concorrência no setor bancário. A Agenda BC+, lançada em 2016 pelo então presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, estabeleceu metas ambiciosas para melhorar a eficiência do sistema financeiro e promover a inovação.

O Pix é mais do que um simples sistema de pagamentos; ele representa um passo significativo em direção à descentralização do sistema financeiro, permitindo que diferentes instituições financeiras compartilhem dados financeiros e ofereçam serviços mais eficientes e acessíveis aos clientes. Além disso, o Pix tem contribuído para a inclusão financeira, permitindo que mais pessoas tenham acesso a serviços bancários básicos, mesmo aquelas que antes não tinham conta em banco ou realizavam poucas transações financeiras.

No entanto, o sucesso do Pix e sua potencial expansão para outros países têm gerado preocupações em alguns setores, especialmente nos Estados Unidos. Donald Trump, por exemplo, tem criticado o Pix, argumentando que ele representa uma concorrência desleal para os sistemas de pagamento americanos. Essa preocupação está relacionada à possibilidade de o Pix ser adotado por outros países, especialmente os membros do BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), como uma alternativa ao dólar americano nas transações internacionais.

A crítica de Trump ao Pix também reflete uma visão mais ampla sobre a competição global e a perda de influência dos EUA em setores como o financeiro. A inovação financeira, como representada pelo Pix, pode desafiar a hegemonia de sistemas de pagamento tradicionais, como o VISA e o Mastercard, que são dominados por empresas americanas. Além disso, a adoção de sistemas de pagamento baseados em moedas locais ou alternativas ao dólar pode reduzir a dependência dos países em relação ao sistema financeiro americano.

Inserir o brasileiro no sistema bancário

O Pix tem sido fundamental para inserir mais brasileiros no sistema bancário, reduzindo a exclusão financeira e promovendo a inclusão de segmentos da população que antes não tinham acesso a serviços financeiros básicos. De acordo com estudos, uma parcela significativa da população brasileira não tinha conta em banco ou não realizava transações financeiras regularmente. O Pix tem ajudado a mudar essa realidade, oferecendo uma forma segura, rápida e gratuita de realizar transações financeiras.

Visão Geral

Em resumo, o Pix é mais do que um sistema de pagamentos; ele é um símbolo da inovação financeira e da capacidade do Brasil de desenvolver soluções criativas para desafios financeiros. A preocupação de Trump e de outros setores com o Pix reflete a percepção de que a inovação financeira pode desafiar a ordem estabelecida e promover uma maior competitividade no setor financeiro global. À medida que o mundo se torna cada vez mais interconectado, a importância de sistemas de pagamento eficientes, seguros e acessíveis, como o Pix, só tende a crescer.

Créditos: Charles Machado

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