China Lidera Redefinição da Geração Solar com Projetos de Escala Gigantesca e Transmissão UHV Energia Limpa by Portal Meus Investimentos - 15 de outubro de 2025 A implantação de um megaprojeto fotovoltaico no deserto de Tengger demonstra a capacidade chinesa de integrar Geração Renovável de super escala com a Transmissão de Ultra-Alta Tensão. Conteúdo A Engenharia da Escala: Desafio no Coração do Deserto A Conexão Vital: A Estratégia da Transmissão UHV O Desafio da Intermitência: O Fator Armazenamento de Energia Sustentabilidade no Deserto e Gestão Hídrica Lições Essenciais para o Setor Elétrico Brasileiro Visão Geral A China não apenas participa da Transição Energética global; ela a redefine em escala. No coração do deserto de Tengger, uma das regiões mais inóspitas do planeta, o país asiático está erguendo o que a mídia internacional apelidou de “oceano de painéis solares”. Este Megaprojeto Fotovoltaico não é apenas o maior de seu tipo em construção; ele é uma demonstração de engenharia e planejamento estratégico, projetado para injetar energia na rede e cobrir o consumo equivalente a mais de 1 milhão de residências urbanas. Para os profissionais do Setor Elétrico e especialistas em Energia Limpa, a magnitude do projeto chinês vai além do número de painéis. Ele representa o casamento obrigatório entre a Geração Renovável de super escala, o Armazenamento de Energia e a Transmissão de Ultra-Alta Tensão (UHV). O sucesso desta empreitada dita o futuro da descarbonização global, mostrando como os países podem otimizar vastos recursos naturais, mesmo que estejam a milhares de quilômetros de seus centros de consumo. A Engenharia da Escala: Desafio no Coração do Deserto Os números do projeto chinês são de tirar o fôlego. Estamos falando de dezenas de gigawatts (GW) de capacidade instalada, espalhados por centenas de quilômetros quadrados. A escolha do deserto não é acidental: a irradiação solar é altíssima e o custo da terra, baixíssimo. É o local ideal para otimizar o custo nivelado de energia (LCOE). No entanto, construir um “oceano de painéis” no Tengger impõe desafios logísticos brutais. É necessário transportar milhões de toneladas de equipamentos e módulos solares através de terrenos arenosos e instáveis. A logística e o gerenciamento de obras em uma área tão vasta e remota se tornam um estudo de caso para qualquer projeto de Energia Renovável de grande porte. O projeto visa maximizar a eficiência de cada painel, utilizando estruturas de trackers (rastreadores solares) que seguem o movimento do sol. Esta tecnologia aumenta a produção diária de energia, um detalhe crucial para que o Megaprojeto Fotovoltaico possa realmente suprir a demanda robusta das grandes metrópoles. A Conexão Vital: A Estratégia da Transmissão UHV O maior gargalo de qualquer projeto no deserto é a distância. Os centros populacionais e industriais da China estão localizados na costa leste, enquanto o recurso solar está no oeste. Para superar milhares de quilômetros, a China recorreu à tecnologia de Transmissão de Ultra-Alta Tensão (UHV), operando em níveis de 800 kV a 1.100 kV. A Transmissão de Ultra-Alta Tensão é a espinha dorsal que torna este projeto economicamente viável. Ao elevar a voltagem a esses patamares, as perdas de energia durante o transporte de longa distância são drasticamente minimizadas. Sem o UHV, a energia gerada no deserto seria demasiadamente cara e ineficiente ao chegar ao seu destino final. Para os experts em infraestrutura, este é o ponto mais importante: a geração de Energia Limpa em escala exige um investimento proporcional e estratégico em Transmissão. A tecnologia UHV permite que a China utilize seus vastos recursos de sol e vento, isolados geograficamente, para alimentar sua crescente demanda industrial. O Desafio da Intermitência: O Fator Armazenamento de Energia Um campo solar gigantesco gera uma enorme quantidade de energia durante o dia, mas zero durante a noite. Esta intermitência é o principal desafio técnico para a estabilidade do Sistema Interligado Nacional chinês, forçando o uso de mecanismos de compensação. Para resolver essa questão, o projeto inclui, necessariamente, vastos sistemas de Armazenamento de Energia em Baterias (BESS). Embora os números exatos do BESS não sejam sempre divulgados, estima-se que grandes blocos de megawatt-hora (MWh) de baterias sejam instalados junto ao parque. Essas baterias cumprem uma dupla função: suavizar a curva de produção durante o dia e fornecer potência firme nas horas de pico de consumo, após o pôr do sol. O Armazenamento de Energia transforma a fonte solar intermitente em potência despachável, garantindo a Resiliência do Sistema. Sustentabilidade no Deserto e Gestão Hídrica A construção no deserto levanta preocupações ambientais legítimas, especialmente o uso de água para limpeza dos painéis. A poeira é um inimigo natural da eficiência solar. O projeto chinês exige soluções inovadoras em gestão hídrica, provavelmente utilizando tecnologias robóticas de limpeza a seco ou com mínimo consumo de água. A escala da operação também precisa considerar o impacto no microclima local. Curiosamente, vastas áreas de painéis solares podem reduzir a temperatura do solo. A gestão de longo prazo da área e o eventual descarte dos módulos (reciclagem) são tópicos cruciais de sustentabilidade que o Setor Elétrico chinês deve abordar. O compromisso com o fornecimento de energia para 1 milhão de casas representa a meta chinesa de descarbonizar sua matriz. Esses Megaprojetos Fotovoltaicos são os pilares para que o país atinja seu pico de emissões e, subsequentemente, a neutralidade de carbono até 2060. Lições Essenciais para o Setor Elétrico Brasileiro A experiência chinesa é uma aula prática para a Transição Energética no Brasil. O Nordeste brasileiro, com sua alta irradiação solar e vastos parques eólicos, enfrenta um dilema logístico semelhante: como levar a Energia Limpa gerada remotamente para os centros de carga do Sudeste e Sul. O Brasil também precisa investir em Transmissão de Ultra-Alta Tensão para escoar essa energia sem perdas inaceitáveis. Os leilões de transmissão devem priorizar a tecnologia UHV e a infraestrutura que permita a interconexão segura e eficiente das fontes renováveis distantes, como o sol do Semiárido. Além disso, a integração obrigatória de Armazenamento de Energia em projetos de grande escala é um caminho que o Setor Elétrico brasileiro deve seguir. O BESS não é um luxo, mas uma necessidade para garantir a Resiliência do Sistema em um país que se apoia cada vez mais em fontes intermitentes. O “oceano de painéis solares” no deserto de Tengger mostra que a escala não é mais uma limitação, mas uma meta alcançável com planejamento técnico e financeiro agressivo. O Brasil possui recursos naturais comparáveis. A lição final da China é clara: para ter energia limpa em gigawatts, é preciso investir em transmissão e Armazenamento de Energia em gigawatt-hora (GWh). Veja tudo de ” China Lidera Redefinição da Geração Solar com Projetos de Escala Gigantesca e Transmissão UHV ” em: Portal Energia Limpa. Compartilhe isso: Clique para compartilhar no Facebook(abre em nova janela) Facebook Clique para compartilhar no X(abre em nova janela) 18+ Clique para compartilhar no WhatsApp(abre em nova janela) WhatsApp Clique para compartilhar no Telegram(abre em nova janela) Telegram Mais Clique para compartilhar no LinkedIn(abre em nova janela) LinkedIn Clique para compartilhar no Tumblr(abre em nova janela) Tumblr Clique para imprimir(abre em nova janela) Imprimir Relacionado