ABGD lança campanha “Desligar a Geração Distribuída é negar os direitos do consumidor” para defender segurança jurídica Política by Portal Meus Investimentos - 2 de setembro de 2025 Aprovada após ampla construção institucional com Congresso Nacional, ANEEL, governo federal e sociedade civil, a lei está sendo ameaçada por emendas parlamentares que tentam alterar direitos já conquistados. São Paulo, 1 de setembro de 2025 – Com o objetivo de alertar e proteger os consumidores que investiram na produção da própria energia elétrica a partir da Lei 14.300/22, a Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD) lançou a campanha “Desligar a Geração Distribuída é negar os direitos do consumidor”, no Instagram e no Linkedin da entidade. Iniciada por meio de vídeo-manifesto, a campanha visa esclarecer aos consumidores e envolvidos com o setor de energia os direitos assegurados pela Lei nº 14.300/2022. Considerada um avanço para o setor elétrico, permitiu a produção de energia – principalmente solar – em residências, pequenos negócios, hospitais, escolas e condomínios, gerando economia na fatura de cerca de 6,6 milhões de unidades consumidoras, impactando positivamente aproximadamente 18 milhões de pessoas em todo o Brasil. O alerta surge no momento em que está sendo instalada no Congresso Nacional a Comissão responsável pela análise da Medida Provisória 1300. Algumas emendas a essa MP propõem alterações que resultariam na perda de direitos garantidos na Lei vigente, o que caracteriza retrocesso regulatório, quebra de confiabilidade institucional e prejuízo à transição energética nacional. “Nós somos totalmente favoráveis à MP, uma vez que esta tem o objetivo de modernizar o setor e exerce um papel importante de democratização do acesso à energia. No entanto, reforçamos – por meio da campanha – que alterações na Lei 14.300/2022, via emendas, criariam insegurança jurídica e comprometeriam a expansão de um segmento essencial à transição energética, à diversificação da matriz e à democratização do acesso à energia limpa”, esclarece Carlos Evangelista, presidente da ABGD. Um dos pontos trabalhados pela campanha é o fato de que, ao contrário do que é comum se afirmar no setor, a Geração Distribuída não está conectada à rede de transmissão, e sim à de distribuição. Por operar de forma descentralizada e próxima ao ponto de consumo, ela não é a causadora das sobrecargas pontuais no sistema – ao contrário, ajuda a aliviar o sistema. As peças também mostram que a Geração Distribuída não conta com subsídios orçamentários, já que não há destinação de recursos públicos ou repasse direto do Tesouro aos seus usuários. O que existe é um modelo de incentivo regulatório temporário, aprovado por lei para viabilizar a consolidação de uma política pública de transição energética, e previsto para terminar em 2029. Evangelista reforça que o rápido crescimento da Geração Distribuída ocorreu devido à uma política pública que incentivou os consumidores – tanto pessoas físicas quanto jurídicas – a optarem por fontes renováveis de energia, visando potencializar a transição energética no Brasil. A resposta da sociedade foi positiva e as pessoas investiram recursos próprios no modelo – estima-se que famílias e pequenos empreendedores investiram cerca de R$ 200 bilhões de recursos próprios – em muitos casos, por meio de financiamento bancário. A GD é utilizada, principalmente, em pequenos negócios, por consumidores residenciais e condomínios com poucas residências, o que representa cerca de 80% do modelo. Também inclui as “fazendas solares“, que são grandes terrenos com placas solares que abastecem empresas próximas ou pequenas cidades. Estas correspondem a cerca de 5% do setor de geração distribuída, permitindo que todas as classes e camadas da sociedade possam produzir e consumir a própria energia. Como forma de contribuir para a discussão e melhorar ainda mais esse mercado em expansão, em meados de agosto representantes da ABGD se reuniram em Brasília com autoridades para apresentar contribuições técnicas e práticas e para ajudar a solucionar alguns dos desafios que o setor elétrico enfrenta atualmente. “A Geração Distribuída nunca foi causa dos problemas do setor elétrico, muito contrário, faz parte da solução”, completa Evangelista. Na ocasião, a entidade defendeu um novo modelo que combina armazenamento de energia em baterias (BESS) e Geração Distribuída. Hoje já é possível integrar baterias de pequeno porte a sistemas de Geração Distribuída, especialmente os de fonte solar fotovoltaica. A solução é tecnicamente viável e, em muitos casos, economicamente atrativa. Veja tudo de ” ABGD lança campanha “Desligar a Geração Distribuída é negar os direitos do consumidor” para defender segurança jurídica ” em: Portal Energia Limpa. Compartilhe isso: Clique para compartilhar no Facebook(abre em nova janela) Facebook Clique para compartilhar no X(abre em nova janela) 18+ Clique para compartilhar no WhatsApp(abre em nova janela) WhatsApp Clique para compartilhar no Telegram(abre em nova janela) Telegram Mais Clique para compartilhar no LinkedIn(abre em nova janela) LinkedIn Clique para compartilhar no Tumblr(abre em nova janela) Tumblr Clique para imprimir(abre em nova janela) Imprimir Relacionado